Meu Filho Está com uma Pinta Diferente: O Que Fazer? Respostas de uma Especialista em Pele Infantil

Pintas em Crianças:

As pintas, ou nevos, são muito comuns em crianças e geralmente não causam preocupação. No entanto, como pais, é natural que qualquer nova marca na pele de nossos pequenos desperte nossa atenção. Afinal, queremos sempre garantir que eles estejam saudáveis e protegidos.

Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre pintas em crianças – desde o que são até quando é necessário procurar ajuda especializada.

Com informações fundamentadas e dicas práticas, você aprenderá a diferenciar o normal do preocupante, garantindo tranquilidade para cuidar da pele delicada dos seus filhos.

Sobre o Surgimento e Características das Pintas

O que são pintas?

As pintas, conhecidas na terminologia médica como nevos melanocíticos, são pequenas concentrações de células produtoras de pigmento na pele, chamadas melanócitos. Imagine-as como pequenas “ilhas” onde essas células especiais se agrupam, criando marcas visíveis na superfície da pele.

Estas manchas, que podem variar em tamanho, forma e cor, são como “impressões digitais” da pele – únicas para cada pessoa. Geralmente apresentam coloração marrom, mas podem variar do bege claro ao preto, dependendo da localização dessas ilhas na pele.

pintas em crianças

Qual o médico que avalia pintas em crianças?

O médico especializado em investigar e tratar pintas em crianças é o dermatologista.

Os dermatologistas são especialistas em doenças da pele, cabelos e unhas e estão capacitados para diagnosticar as pintas das crianças e trata-las quando necessário.

A Dra. Laura Serpa é dermatologista pediátrica há mais de 10 anos. Sempre se espelhou em referências nacionais e internacionais para alcançar o nível de conhecimento que tem hoje.

Fez a residência médica em dermatologia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e passou a integrar a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Foi convidada a ser preceptora do ambulatório de dermatologia pediátrica da UERJ e exerceu essa função por 2 anos.

Realizou fellow em um renomado hospital de dermatologia pediátrica da Austrália, adquirindo experiência no que há de melhor na sua área.

Fez mestrado em saúde da criança e do adolescente na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Atualmente é preceptora de dermatologia pediátrica do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná e Hospital Pequeno Príncipe.

Como preceptora na especialidade de dermatologia pediátrica, a Dra Laura Serpa compartilha sua experiência e conhecimento com médicos residentes, capacitando a próxima geração de profissionais de saúde.

Sua dedicação ao ensino permite que os residentes recebam uma formação abrangente e de alta qualidade, promovendo a excelência no cuidado dermatológico infantil em todo o país.

O profissional que atende dermatologia pediátrica precisa ter uma especialização nessa área e estar muito envolvido com esse conhecimento tão único.

Antes de marcar consulta com qualquer profissional procure o seu currículo, pesquise o seu nome no Conselho Federal de Medicina e nas sociedades que regulamentam cada área de atuação.

No caso de ser dermatologista o nome do profissional deve constar no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Deixo aqui o link do meu currículo:

 http://lattes.cnpq.br/0728769672134015

E o site da Sociedade Brasileira de Dermatologia:

http://www.sbd.org.br

Especialista dermatologista pediatra

É normal aparecer pintas em crianças?

Sim! O surgimento de pintas é parte do desenvolvimento normal da pele, especialmente na infância e adolescência. É como se a pele estivesse “desabrochando” com o crescimento da criança, revelando suas características únicas.

A maioria das pessoas nasce com poucas ou nenhuma pinta, mas elas começam a aparecer durante a infância, com maior intensidade entre 5 e 15 anos de idade. É perfeitamente comum que uma criança desenvolva novas pintas ao longo dos anos, especialmente após a exposição solar.

Algumas crianças podem ter apenas algumas pintas espalhadas pelo corpo, enquanto outras podem desenvolver dezenas delas – ambas as situações são consideradas normais. Em média, uma pessoa comum pode ter entre 10 e 40 pintas ao longo da vida.

Por que as crianças têm pintas?

O desenvolvimento de pintas em crianças ocorre por uma combinação de fatores, como uma orquestra onde vários músicos contribuem para a melodia final:

  1. Genética: A predisposição para desenvolver pintas é como uma receita passada de geração para geração. Se os pais têm muitas pintas, é provável que os filhos também desenvolvam.
  2. Exposição solar: O sol atua como um “revelador fotográfico” das pintas. A radiação UV estimula os melanócitos a produzirem mais melanina, tornando as pintas mais visíveis ou incentivando o surgimento de novas.
  3. Desenvolvimento natural da pele: Durante o crescimento, o corpo da criança passa por diversas mudanças, e a pele não é exceção. As pintas são parte desse processo de desenvolvimento.
  4. Tipo de pele: Crianças com pele mais clara tendem a desenvolver mais pintas que aquelas com pele mais escura, pois a produção de melanina funciona de maneira diferente em cada tipo de pele.

É importante lembrar que as pintas são, na grande maioria das vezes, manifestações benignas e naturais. Elas são como “estrelas” na constelação da pele da criança, contando uma história sobre sua hereditariedade e exposição ambiental.

Quais os tipos de pintas?

Assim como não existem duas pessoas exatamente iguais, as pintas também se apresentam em diferentes “personalidades”. Os principais tipos encontrados em crianças são:

Nevos Congênitos:

  • Presentes desde o nascimento
  • Podem variar muito em tamanho, de pequenos (menos de 1,5 cm) a grandes (mais de 20 cm)
  • Sua superfície pode ser lisa ou irregular, às vezes com pelos
  • Coloração geralmente marrom ou preta, mas pode variar

Nevos Adquiridos (comuns):

  • Surgem após o nascimento, geralmente a partir dos 6 meses
  • Tamanho pequeno a médio (geralmente menor que 6 mm)
  • Coloração uniforme, marrom clara a escura
  • Formato redondo ou oval, com bordas regulares
  • Superfície lisa ou levemente elevada

Nevos Displásicos (atípicos):

  • Menos comuns em crianças pequenas
  • Geralmente maiores que 6 mm
  • Bordas irregulares ou mal definidas
  • Coloração variada ou não uniforme
  • Podem ter aparência “mesclada”

Nevos de Spitz:

  • Crescimento rápido
  • Coloração rosada ou avermelhada
  • Mais comuns no rosto e membros
  • Forma de domo elevado
  • Geralmente solitários

Cada tipo tem suas particularidades e requer diferentes níveis de atenção. É como um jardim onde diferentes tipos de flores crescem – todas são flores, mas cada uma com suas características próprias.

hemangioma não é pinta
Hemangiomas são diferentes das pintas (escrevi um artigo sobre este tema também).

As pintas são perigosas?

Na imensa maioria dos casos, as pintas em crianças são completamente benignas – como estrelas inofensivas no céu da pele.

Estatisticamente, o melanoma (câncer de pele) é extremamente raro em crianças pré-púberes, com uma incidência estimada em apenas 1 a 2 casos por milhão.

No entanto, como qualquer aspecto da saúde, é importante estar atento a mudanças. As pintas são como “personagens” que você aprende a conhecer ao longo do tempo – você deve notar quando uma delas começa a “agir de forma diferente”.

O que é tranquilizador saber:

  • A maioria absoluta das pintas em crianças é benigna
  • Pintas congênitas pequenas (menos de 1,5 cm) têm risco mínimo
  • Pintas adquiridas comuns raramente se transformam em algo preocupante
  • Mudanças graduais e simétricas durante o crescimento são normais

Pontos que merecem atenção:

  • Pintas congênitas gigantes (maiores que 20 cm) têm um risco ligeiramente maior ao longo da vida
  • Mudanças bruscas no tamanho, cor ou forma
  • Pintas que sangram, coçam persistentemente ou formam crostas
  • Crianças com mais de 50 pintas ou histórico familiar de melanoma devem ser monitoradas mais de perto

Lembre-se: vigilância sensata é diferente de preocupação excessiva. O acompanhamento regular com um dermatologista pediátrico é a melhor forma de garantir que qualquer mudança preocupante seja identificada precocemente.

As pintas podem mudar de tamanho ou cor?

Sim, as pintas são estruturas “vivas” que podem sofrer modificações ao longo do tempo, especialmente durante a infância e adolescência. É como se elas “crescessem” junto com seu filho!

Mudanças normais incluem:

  • Crescimento proporcional ao desenvolvimento corporal da criança
  • Escurecimento gradual após exposição solar
  • Elevação lenta de pintas inicialmente planas
  • Surgimento de pelos nas pintas durante a puberdade
  • Clareamento gradual de algumas pintas na adolescência

O que diferencia essas mudanças normais das preocupantes é o ritmo e a proporção. Alterações lentas, simétricas e proporcionais geralmente são parte do desenvolvimento natural.

Alguns fatores que influenciam mudanças nas pintas:

  • Hormônios (especialmente durante a puberdade)
  • Exposição solar
  • Crescimento corporal
  • Gravidez (em adolescentes)
  • Genética

A chave é observar o padrão de mudança. Imagine as pintas como plantas em um jardim – um crescimento lento e uniforme é natural, mas um “esticão” repentino ou uma mudança dramática de aparência merece atenção.

pinta ficando branca

As pintas podem coçar ou doer?

Na maioria das vezes, pintas normais não causam nenhum desconforto – elas são “vizinhas silenciosas” na pele da criança. No entanto, ocasionalmente, algumas sensações podem ocorrer:

Sensações comuns e geralmente inofensivas:

  • Coceira leve e temporária após exposição solar
  • Sensibilidade passageira se a pinta for irritada por roupas ou durante a higiene
  • Leve incômodo se a pinta estiver em área de atrito constante (como cintura ou sob alças)

Sinais que merecem atenção médica:

  • Coceira persistente sem causa aparente
  • Dor na região da pinta sem trauma prévio
  • Sensação de ardência ou queimação
  • Dormência na pinta ou ao redor dela

É importante lembrar que crianças, especialmente as menores, nem sempre conseguem descrever com precisão o que estão sentindo. Observe se elas coçam repetidamente uma pinta específica ou demonstram desconforto quando a área é tocada.

Como metáfora, pense nas pintas como pequenos sensores na pele – normalmente quietos, mas capazes de “soar um alarme” quando algo não está certo.

As pintas podem desaparecer sozinhas?

Embora a maioria das pintas seja permanente, algumas podem de fato desaparecer ou diminuir significativamente com o tempo.

Tipos de pintas que podem desaparecer:

  • Nevos de Spitz em crianças (cerca de 20% desaparecem espontaneamente)
  • Algumas pintas adquiridas na primeira infância
  • Pintas muito claras ou pequenas

Fatores que podem contribuir para o desaparecimento:

  • Mudanças hormonais durante a puberdade
  • Alterações no sistema imunológico
  • Redução da exposição solar
  • Características genéticas específicas

No entanto, é importante ter expectativas realistas. A maioria das pintas permanecerá para toda a vida, podendo sofrer pequenas alterações, mas não desaparecendo completamente. Algumas podem clarear tanto que ficam quase imperceptíveis, dando a impressão de terem sumido.

Como orientação prática: nunca conte com o desaparecimento espontâneo de uma pinta que causa preocupação. Se uma pinta apresenta características suspeitas, consulte um dermatologista pediátrico em vez de esperar para ver se ela desaparece.

pinta no olho da criança

Sobre o Cuidado e Preocupações

Quando devo me preocupar com uma pinta da minha criança?

Como pais, precisamos encontrar o equilíbrio entre a vigilância saudável e a preocupação excessiva. Existem alguns sinais específicos que merecem atenção profissional:

Sinais que justificam consulta médica:

  • Mudanças rápidas e visíveis em tamanho, cor ou forma
  • Pinta com bordas irregulares ou mal definidas
  • Coloração não uniforme (várias cores na mesma pinta)
  • Diâmetro maior que 6 mm (aproximadamente o tamanho de uma borracha de lápis)
  • Assimetria evidente
  • Sangramento ou formação de crostas sem trauma prévio
  • Coceira ou dor persistente
  • Aparecimento de uma pinta muito diferente das outras (o “patinho feio”)
  • Pinta congênita gigante (maior que 20 cm)

Além desses sinais específicos, considere fatores de risco adicionais:

  • Histórico familiar de melanoma
  • Criança com mais de 50-100 pintas
  • Pele muito clara, olhos claros, cabelos ruivos ou louros
  • Histórico de queimaduras solares intensas
  • Síndrome do nevo displásico na família

Lembre-se: a grande maioria das consultas resultará em tranquilização, mas aquele pequeno percentual que detecta algo sério justifica a vigilância. É como um seguro – esperamos nunca precisar usar, mas é reconfortante tê-lo.

Como identificar uma pinta suspeita?

Para facilitar a identificação de pintas que merecem avaliação médica, podemos usar a regra do “Patinho Feio” – aquela pinta que se destaca por ser diferente de todas as outras. Além disso, existem sinais específicos a serem observados:

Características visuais suspeitas:

  • Irregularidade: Bordas dentadas, entalhadas ou mal definidas
  • Assimetria: Uma metade da pinta é diferente da outra
  • Múltiplas cores: Presença de várias tonalidades (preto, marrom, vermelho, azul)
  • Evolução rápida: Mudanças visíveis em semanas ou poucos meses
  • Superfície anormal: Descamação, erosão ou elevação súbita
  • Halo branco: Surgimento de um anel despigmentado ao redor da pinta

Sinais físicos preocupantes:

  • Sangramento espontâneo
  • Formação de crosta que retorna após cair
  • Ulceração (ferida aberta)
  • Coceira persistente
  • Dor ou sensibilidade sem causa aparente

Uma dica prática é fotografar periodicamente as pintas que chamam atenção, sempre com a mesma iluminação e distância. Isso permite comparações mais objetivas ao longo do tempo, como um “diário visual” das pintas da criança.

O que é o ABCDE das pintas?

O ABCDE é uma ferramenta mnemônica desenvolvida por dermatologistas para ajudar a identificar características potencialmente preocupantes em pintas. É como um “alfabeto de segurança” que todo pai e mãe deveria conhecer:

A – Assimetria: Uma pinta normal geralmente é simétrica – se traçarmos uma linha no meio, ambos os lados seriam semelhantes. Pintas onde uma metade é diferente da outra merecem atenção.

B – Bordas: Pintas benignas normalmente têm bordas regulares e bem definidas. Bordas irregulares, difusas, entalhadas ou em forma de mapa são sinais de alerta.

C – Cor: A uniformidade na cor é tranquilizadora. Múltiplas cores na mesma pinta (diferentes tons de marrom, preto, vermelho, azul ou branco) são sinais que merecem avaliação profissional.

D – Diâmetro: Pintas maiores que 6 mm (aproximadamente o tamanho da borracha de um lápis) devem ser monitoradas com mais atenção, embora muitas pintas benignas possam ser maiores.

E – Evolução: Talvez o mais importante dos critérios – qualquer mudança significativa em uma pinta existente merece atenção médica. A evolução pode ocorrer em tamanho, cor, forma, elevação, sintomas ou superfície.

Alguns dermatologistas acrescentam um “F” para “Funny looking” (aparência estranha) ou “Feio patinho” – uma pinta que parece muito diferente das outras que a criança possui.

Esta regra é simples de lembrar e pode salvar vidas quando utilizada para monitoramento regular, como um check-list de segurança que você aplica periodicamente às pintas dos seus filhos.

Qual a diferença entre pinta e melanoma?

Entender a diferença entre uma pinta comum e um melanoma é fundamental para a tranquilidade dos pais. Vamos esclarecer essas diferenças como se estivéssemos comparando uma planta doméstica comum com uma espécie invasiva rara:

Pintas (Nevos Benignos):

  • Crescimento lento e previsível
  • Aparência estável ou mudanças graduais ao longo de anos
  • Coloração geralmente uniforme
  • Bordas regulares e bem definidas
  • Simetria (ambos os lados parecem semelhantes)
  • Superfície consistente
  • Raramente causam sintomas
  • Muito comuns (quase todas as pessoas têm)
  • Podem estar presentes ao nascimento ou surgir durante a infância

Melanoma:

  • Crescimento relativamente rápido (mudanças notáveis ao longo de semanas ou meses)
  • Aparência irregular e caótica
  • Múltiplas cores ou tons na mesma lesão
  • Bordas irregulares ou mal definidas
  • Assimetria evidente
  • Superfície que pode ulcerar ou sangrar
  • Pode causar coceira, dor ou sensibilidade
  • Raro em crianças (1-2 casos por milhão em crianças pré-púberes)
  • Geralmente surge em pele previamente normal ou em pintas pré-existentes que se transformam

É importante ressaltar que o melanoma pediátrico, quando ocorre, pode não seguir exatamente os mesmos padrões do melanoma adulto. Existem subtipos específicos em crianças que podem ser amelanóticos (sem pigmentação escura) ou nodulares (com crescimento mais vertical que horizontal).

A boa notícia é que, com diagnóstico precoce, o melanoma pediátrico tem altas taxas de cura. Por isso, o monitoramento regular é importante – ele funciona como um sistema de alerta precoce que permite intervenção antes que um problema se torne sério.

Devo remover as pintas da minha criança?

A decisão de remover ou não uma pinta infantil deve ser ponderada cuidadosamente, como qualquer escolha que afete o corpo da criança.

Aqui estão as principais considerações:

Indicações médicas para remoção:

  • Sinais suspeitos conforme critérios ABCDE
  • Localização em áreas de trauma frequente (onde a pinta é constantemente irritada)
  • Pintas congênitas gigantes (pelo risco aumentado)
  • Nevos displásicos em crianças com histórico familiar significativo de melanoma
  • Mudanças recentes que geram preocupação clínica

Considerações para remoção por motivos estéticos:

  • O impacto psicológico na criança (se ela demonstra incômodo ou sofre bullying)
  • A localização (face ou áreas muito visíveis)
  • A idade da criança (geralmente recomenda-se esperar até que ela possa participar da decisão)
  • O tamanho e complexidade da pinta (que influenciam o tipo de cicatriz resultante)

Quando é melhor apenas monitorar:

  • Pintas pequenas, de aparência típica e estáveis
  • Pintas em locais não expostos ou que não incomodam a criança
  • Pintas adquiridas recentes que ainda estão em desenvolvimento
  • Quando os riscos da cirurgia superam os benefícios

Lembre-se: qualquer procedimento cirúrgico, por menor que seja, deixa algum tipo de marca. A decisão deve considerar se a cicatriz resultante será esteticamente mais aceitável que a pinta original.

Converse abertamente com o dermatologista sobre as opções, riscos e benefícios. Esta decisão é como escolher entre diferentes caminhos – é importante conhecer o destino de cada um antes de decidir qual seguir.

pinta na mão do bebê

Como remover uma pinta?

Quando a remoção é necessária, o melhor procedimento é o cirúrgico.

Aqui estão as principais opções:

Excisão cirúrgica:

  • A técnica mais comum e definitiva
  • Remove completamente a pinta com uma margem de segurança
  • Requer anestesia local
  • Resulta em uma cicatriz linear que geralmente cicatriza bem em crianças
  • Permite exame patológico completo do tecido
  • Ideal para pintas suspeitas ou que precisam de análise microscópica
  • Melhor para pintas claramente benignas

O procedimento em crianças requer alguns cuidados especiais:

  • Explicação adaptada à idade sobre o que será feito
  • Presença dos pais para conforto emocional
  • Anestesia adequada (às vezes com cremes anestésicos aplicados antes)
  • Técnicas de distração durante o procedimento
  • Instruções claras de cuidados pós-operatórios

Após a remoção, é fundamental seguir as orientações médicas para cuidados com a cicatriz, que geralmente incluem proteção solar rigorosa da área por pelo menos seis meses para evitar cicatrizes hipercrômicas (escurecidas).

Qual a diferença entre pinta e verruga?

Pintas e verrugas são frequentemente confundidas pelos pais, mas são condições completamente diferentes em origem, aparência e significado clínico. Vamos comparar estas duas “vizinhas da pele”:

Pintas (Nevos):

  • Origem: Crescimento benigno de células melanocíticas (produtoras de pigmento)
  • Aparência: Geralmente marrons ou pretas, superfície lisa ou levemente elevada
  • Padrão de crescimento: Lento, ao longo de anos
  • Contágio: Não são contagiosas
  • Localização comum: Qualquer parte do corpo
  • Permanência: Geralmente permanentes (algumas podem desaparecer)
  • Relação com o sol: Exposição solar pode aumentar o número

Verrugas:

  • Origem: Infecção pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano)
  • Aparência: Cor da pele ou mais escuras, superfície áspera ou “cabeça de couve-flor”
  • Padrão de crescimento: Podem aparecer e crescer relativamente rápido
  • Contágio: Altamente contagiosas (de pessoa para pessoa ou de uma área do corpo para outra)
  • Localização comum: Mãos, pés, joelhos (áreas de trauma frequente)
  • Permanência: Frequentemente temporárias, podendo desaparecer espontaneamente
  • Relação com o sol: Não têm relação direta com exposição solar

Diferenças na textura e aparência:

  • As pintas geralmente têm superfície lisa, enquanto verrugas são ásperas e granulares
  • As pintas raramente apresentam pontos pretos pequenos visíveis na superfície (nas verrugas estes pontos são comuns e representam capilares trombosados)
  • As pintas tendem a ter bordas bem definidas; verrugas podem ter bordas que se fundem com a pele normal

Diferenças no tratamento:

  • Pintas geralmente só são removidas se houver suspeita ou por razões estéticas
  • Verrugas frequentemente são tratadas por serem contagiosas ou incômodas

É interessante notar que, enquanto nos preocupamos muito com pintas (que raramente representam problemas), as verrugas – que são de fato infecciosas – muitas vezes são tratadas com menos apreensão pelos pais. É como se estivéssemos vigiando o vizinho tranquilo enquanto ignoramos o barulhento!

Sobre a Exposição Solar e Prevenção

O sol causa pintas em crianças?

A relação entre exposição solar e o desenvolvimento de pintas é como a de água e sementes – o sol não “planta” as pintas, mas certamente ajuda a fazê-las “germinar” e “crescer”. Esta é uma verdade científica bem estabelecida:

Como o sol influencia as pintas:

  • Estimula os melanócitos (células produtoras de pigmento) a se tornarem mais ativos
  • Acelera o aparecimento de pintas que poderiam surgir mais tarde na vida
  • Aumenta o número total de pintas que uma criança desenvolverá
  • Pode tornar pintas existentes mais escuras ou mais evidentes
  • Em casos de exposição intensa, pode contribuir para o desenvolvimento de pintas atípicas

Evidências científicas:

  • Estudos mostram que crianças que vivem em locais ensolarados tendem a desenvolver mais pintas
  • Gêmeos idênticos expostos a quantidades diferentes de sol desenvolvem números diferentes de pintas
  • Áreas do corpo mais expostas ao sol (rosto, braços) geralmente têm mais pintas que áreas cobertas

Fatores que aumentam o efeito do sol:

  • Pele clara, olhos claros, cabelos louros ou ruivos
  • Queimaduras solares na infância (especialmente com bolhas)
  • Exposição solar intensa e intermitente (ex: apenas nas férias de verão)
  • Exposição em horários de pico (10h às 16h)
  • Altitude elevada (a radiação UV é mais intensa)

É importante ressaltar que, embora o sol influencie o desenvolvimento de pintas, a predisposição genética também desempenha um papel fundamental. Algumas crianças têm maior tendência a desenvolver pintas, independentemente da exposição solar, mas o sol potencializa essa tendência.

A mensagem principal é: proteger a pele das crianças do sol não apenas previne queimaduras dolorosas, mas também pode reduzir significativamente o número de pintas que elas desenvolverão ao longo da vida.

Como proteger a pele da criança do sol?

Proteger a pele infantil do sol é como construir um escudo multicamadas – quanto mais estratégias você combinar, melhor será a proteção. Aqui está um plano completo:

Estratégia dos 5 P’s:

1. Protetor solar:

  • Use FPS 30 ou superior, com proteção UVA e UVB
  • Aplique 15-30 minutos antes da exposição
  • Reaplique a cada 2 horas ou após nadar/suar
  • Use produtos específicos para crianças, preferencialmente sem fragrâncias
  • Não esqueça áreas como orelhas, nuca, pés e mãos

2. Planejamento:

  • Evite exposição solar entre 10h e 16h (quando os raios são mais intensos)
  • Planeje atividades ao ar livre para início da manhã ou final da tarde
  • Verifique o índice UV para o dia e adapte a proteção conforme necessário
  • Tenha sempre kit de proteção solar à mão (protetor, chapéu, camiseta, óculos)

3. Proteção física:

  • Vista roupas de proteção UV (muitas marcas infantis já oferecem)
  • Use chapéus de abas largas que protejam rosto, orelhas e pescoço
  • Opte por óculos de sol com proteção UV
  • Roupas mais escuras e tecidos de trama fechada oferecem maior proteção

4. Permanência na sombra:

  • Busque áreas sombreadas para brincar e descansar
  • Use guarda-sóis, tendas ou chapéus de sol na praia
  • Crie zonas de sombra no quintal ou jardim
  • Lembre-se que areia, água e concreto refletem os raios solares, então mesmo na sombra use protetor

5. Paciência e persistência:

  • Estabeleça a rotina de proteção solar desde cedo
  • Seja um exemplo usando proteção você mesmo
  • Torne divertido (protetores coloridos, acessórios legais)
  • Seja consistente – proteção solar não é negociável

Dicas extras para bebês:

  • Para menores de 6 meses, a recomendação principal é evitar exposição solar direta
  • Use roupas de proteção, sombrinhas e capas para carrinhos
  • Consulte o pediatra antes de usar protetor solar em bebês muito pequenos

Lembre-se que a proteção solar na infância é um investimento na saúde futura da pele. Estudos mostram que a maior parte da exposição solar que recebemos na vida ocorre antes dos 18 anos, e essa exposição precoce está diretamente ligada aos problemas de pele na idade adulta.

Qual o protetor solar ideal para crianças?

Escolher o protetor solar certo para seu filho é como selecionar o escudo perfeito para um jovem guerreiro – deve ser eficaz, confortável e adequado às batalhas específicas que enfrentará.

Características fundamentais:

  • FPS 50+: Fator de proteção solar adequado (FPS mais altos não oferecem benefício significativamente maior)
  • Amplo espectro: Proteção contra raios UVA e UVB
  • Resistente à água: Especialmente para atividades aquáticas ou dias quentes
  • Formulação adequada para pele sensível: Hipoalergênico e testado dermatologicamente
  • Sem fragrâncias e parabenos: Reduz risco de irritações e alergias

Tipos de protetores e suas indicações:

Loções e cremes:

  • Mais hidratantes, ideais para pele seca ou em climas frios
  • Fáceis de ver onde foram aplicados
  • Bons para uso diário e aplicação facial

Sprays:

  • Práticos para crianças que não ficam paradas
  • Bons para reaplicação na praia
  • Cuidado: evite inalação e garanta cobertura adequada

Sticks:

  • Perfeitos para áreas pequenas como rosto, orelhas e cicatrizes
  • Não escorrem para os olhos
  • Ótimos para levar na mochila escolar

Protetores minerais vs. químicos:

  • Minerais (com óxido de zinco ou dióxido de titânio):
    • Atuam como barreira física
    • Menos irritantes e ideais para peles sensíveis
    • Podem deixar um resíduo branco
    • Proteção imediata após aplicação
  • Químicos:

·  Absorve os raios UV e os converte em calor, em vez de bloquear fisicamente como os protetores minerais

·  Contém ingredientes como avobenzona, octisalato e homosalato, que podem causar maior irritação em peles sensíveis como a das crianças

·  Geralmente tem textura mais leve e invisível após aplicação, sendo mais fácil de espalhar

·  Não recomendado para bebês menores de 6 meses e deve-se preferir opções hipoalergênicas para crianças pequenas com pele sensível.

A partir de que idade devo começar a usar protetor solar na criança?

Protetor Solar para Crianças

É recomendável começar a usar protetor solar em bebês a partir dos 6 meses de idade. Antes disso, o ideal é manter os bebês na sombra e usar roupas de proteção solar, chapéus e óculos de sol quando estiverem ao ar livre. A pele dos bebês abaixo dos 6 meses é muito sensível e pode absorver mais componentes químicos do protetor solar.

Quando começar a usar protetor solar, escolha produtos específicos para crianças com FPS 50 ou superior, preferencialmente à base de óxido de zinco ou dióxido de titânio, que são filtros físicos mais seguros para a pele sensível.

As pintas são hereditárias? Se eu tenho muitas pintas, meu filho também terá?

Sim, as pintas (nevos melanocíticos) têm um componente hereditário importante. A tendência a desenvolver pintas é influenciada por fatores genéticos, embora outros fatores como exposição solar também desempenhem um papel significativo.

Se você tem muitas pintas, existe uma probabilidade maior de seu filho também desenvolvê-las, mas não é uma regra absoluta. O padrão de herança é complexo e envolve múltiplos genes. Algumas crianças podem herdar essa predisposição enquanto outras não, mesmo dentro da mesma família.

É importante observar regularmente as pintas do seu filho, especialmente se houver histórico familiar de muitas pintas ou melanoma. Recomendo fazer um mapeamento fotográfico das pintas a partir dos 3-4 anos de idade se a criança apresentar muitas pintas, e consultas regulares com um dermatologista pediátrico.

pinta com mancha no rosto da criança

Investigação detalhada de pintas em crianças em Curitiba?

Papai e mamãe, já reparou nas pintas do seu pequeno? Vamos dar uma olhada com o cuidado que ele merece!

Se você notou uma pinta nova na pele do seu bebê ou criança, ou se alguma pinta mudou de cor, tamanho ou formato, é natural que isso traga um pouco de preocupação. As pintas em crianças são geralmente inofensivas, mas algumas podem precisar de uma análise mais cuidadosa para garantir a saúde da pele dos nossos pequenos.

Eu sei como é querer o melhor para nossos filhos, e é por isso que quero te apresentar a Dra. Laura Serpa, uma dermatologista pediátrica que é especialista em cuidar da pele das crianças com todo o carinho e atenção que eles precisam.

A Dra. Laura se dedica exclusivamente à dermatologia pediátrica, atendendo bebês, crianças e adolescentes com um cuidado que é verdadeiramente especial. No consultório dela, no bairro Juvevê, em Curitiba, cada consulta é um momento único: ela reserva 1 hora para ouvir suas dúvidas, examinar cada pinta com atenção – usando técnicas como a dermatoscopia, se necessário – e explicar tudo de forma clara e acolhedora. O ambiente é cheio de detalhes que as crianças adoram, com brinquedos e uma energia leve que faz os pequenos se sentirem super à vontade.

Com mais de 10 anos de experiência, a Dra. Laura já ajudou muitas famílias a investigar e monitorar pintas em crianças, sempre com um olhar atento para identificar qualquer sinal que precise de mais cuidado, como possíveis riscos de melanoma ou outras alterações. Ela sabe como tornar o processo tranquilo para os pequenos e para os pais, oferecendo orientações sobre proteção solar e cuidados diários para manter a pele saudável.

Não deixe a dúvida te preocupar! Agende agora uma consulta com a Dra. Laura Serpa e tenha a certeza de que a pele do seu pequeno está em boas mãos.

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especialista em pintas de crianças

Vamos juntos cuidar da pele do seu filho e garantir que ele cresça com saúde e segurança? A Dra. Laura está pronta para te ajudar com toda a dedicação e expertise que só uma especialista em pele infantil pode oferecer!

Abaixo deixo alguns aritgos que escrevi e que são de importante leitura caso você esteja na dúvida sobre uma pinta no seu filho.

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